Um sítio sobre dislexia

A nossa colega Luisa Mota está a construir um sítio especializado em dislexia. Vamos aguardar com muita expectativa e dar-lhe todo o apoio e colaboração. Entretanto, vamos espreitando em http://dislexia.luisamota.googlepages.com ou aqui mesmo...

terça-feira, 19 de dezembro de 2006

hiperactividade e défice de atenção

postado por: alzira fernandes

características principais:

Falta de atenção
Hiperactividade
Impulsividade


Subtipos:

Predominantemente desatento
Predominantemente hiperactivo-impulsivo
Tipo misto


Idade média de início das queixas:

3-7 anos


Pico

6-11 anos


Prevalência

3-5% da população
Nas crianças: 70-80%
Nos adolescentes: há um declínio da sintomatologia


Comorbilidade

Comportamento de oposição
Prob. de humor (depressão)
Prob. de ansiedade
Prob. de aprendizagem


Modelos teóricos

Modelo cognitivo-interaccional
Modelo transaccional-neurodesenvolvimental
Modelo de inibição comportamental

Modelo cognitivo-interaccional

défices nos processos primários:

dificuldades em suster a atenção e esforço
desinibição-impulsividade
défices na modulação da activação
tendência para procurar reforço imediato

défices nos processos secundários:

dificuldades no desenvolvimento de compreensão de ordem mais elevada
dificuldade em desenvolver esquemas, incluindo conceitos, estratégias e operações académicas
dificuldade ao nível das metacognições
baixa motivação


Modelo transaccional-neurodesenvolvimental

História desenvolvimental :

Factores biogenéticos (anomalias/cromossomas/temperamento)

Factores ambientais (toxinas pré/pós-natais, complicações no parto)

Desenvolvimento e maturação do sistema nervoso que afecta os mecanismos de feedback bidireccionais
Estruturas subcorticais (sensorial, reflexos autonómicos, activação indiferenciada do córtex, modulação da atenção)

Estruturas corticais (funcionamento executivo, reflexos de inibição/desinibição, iniciação e regulação do controlo motor,atenção dirigida, coordenação da informação, apreciação/reconhecimento de reforços, mediação verbal)

capacidade intelectual, cognitiva, atencional e mnésica afectadas

inteligência verbal
inteligência não-verbal
compreensão e abstracção
fluência verbal

manifestações comportamentais, psicossociais e académicas

dificuladades familiares (conflitos parentais, com os irmãos, não adesão)
rejeição dos pares, baixa autoestima, comorbilidade com: oposição depressão, e problemas comportamentais)
problemas académicos (atrasos académicos, fracasso escolar, comorbilidade com: dificuldades de aprendizagem)

modelo de inibição comportamental

Desinibição comportamental e motora relacionadas com as funções executivas:

memória de trabalho (não verbal) pobre
interiorização da fala (memória de trabalho verbal) retardada
auto-regulação imatura (afecto/motivação/activação)
reconstituição deficitária


factores de risco

factores neurológicos
hereditariedade
vulnerabilidade infantil
temperamento
ambiente familiar
práticas parentais educativas



consequências desenvolvimentais

adolescência:

abandono escolar
utilização de substâncias
baixa autoestima
Perturbações de humor
Início precoce do comp. Sexual

idade adulta:

Perturbação de personalidade anti-social
Utilização de substâncias
Perturbação de ansiedade
Perturbação de humor

Avaliação multidimensional

diferentes métodos
diferentes informadores
diferentes contextos

métodos

história clínica
entrevista clínica estruturada
testes psicológicos
avaliações dimensionais
observação directa do comportamento


informadores

autoavaliação
pais
professores
pares
irmãos
familiares próximos…


contextos

familiar
escolar
social…


exemplo de protocolo de avaliação

autoavaliação da criança
CADS-A (Conners, 1997)
Ajustamento comportamental e emocional: YSR (Achenbach, 1991)
Atenção: Toulouse-Piéron
Ansiedade e depressão: RCADS (Chorpita, et al., 2000)
Afectividade: PANAS (Sandin, 1997)
Preocupações: PSWQ-C(Chorpita, et al., 1997)
Avaliação cognitiva: WISC- III


(texto a completar)

jovens com sintomas depressivos-planeamento terapêutico

postado por: alzira fernandes


Previamente: reunir dados da avaliação:……….



1º. Sessão

Alívio de alguns sintomas através de estabelecimento de pequenas metas diárias, estratégias de auto-reforço, cores; início da análise ABC de problemas emocionais.

Operacionalização:

Criação de cartões auto-reforçantes em folhas coloridas. Como o cliente tem modelos ideais, levá-lo a imaginar elogios a essas pessoas. Também poderão ser construídos cartões de coping, com base na imaginação de situações externas ao indivíduo (coping com a dificuldade em começar, ou com o sucesso parcial, ou mesmo o total fracasso. A alguns cartões poderão chamar-se “miminhos”).

Pedir para relatar uma situação em que tenha sentido “sintomas depressivos”- gostava que me contasses uma situação que tenha ocorrido há pouco tempo em que te tenhas sentido muito em baixo..” dividir uma folha em 3 colunas à frente do jovem e dizer-lhe “vou tomar nota do que aconteceu aqui nesta coluna...(1ª.)” Agora diz-me como te sentiste...para te ajudar tenho aqui alguns sentimentos (lista de emoções)... ajudar o jovem a reformular o seu sentimento (comp. empática, reformulação...) Agora vou tomar nota nesta coluna (3ª.)...Agora gostaria que te lembrasses do que pensaste na altura...(se o jovem tiver dificuldade tentar recriar um pouco a situação...ex. então estavas na aula e eu era o professor e dizia-te: olha lá tu és sempre a mesma coisa...então tu sentias-te...... e na tua cabeça começavas a dizer certas coisas, o quê?... Repara vou anotar esses pensamentos aqui na coluna do meio.
Fazer o mesmo para outras situações problemáticas( mais uma ou duas).
Introduzir racional (didáctica) sobre a relação entre acontecimentos activadores, pensamentos e emoções. Iniciar com exemplos de, perante a mesma situação diferentes pessoas poderem interpretá-la, avaliá-la de maneira diferente e pedir ao jovem para adivinhar os sentimentos correspondentes. Introduzir de seguida a ideia de que a mesma pessoa em momentos diferentes também pode reagir de modo diferente. Ajudá-lo a chegar à conclusão de que os sentimentos dependem do que pensamos, mais do que da situação em si. Reforçar a ideia de controlo que esta nova relação implica. Controlo e possibilidade de escolha. Indicar que por vezes a pessoa reage de forma automática e que precisa de aprender uma nova forma de lidar com as situações potencialmente activadoras.

Recordar alguns objectivos do jovem, por ex. "ter sucesso profissional e escolar" e dizer que as grandes metas, no dia-a-dia são pequenas tarefas. Dar exemplo de comportamento: abrir o caderno e ler a aula de Português no dia seguinte. Escolher um cartão auto-reforçante e levá-lo para casa. Propôr que, caso consiga, leia esse cartão tantas vezes quanto a sua idade.

Ex. abrir o caderno e ler a aula de Português --> uso de cartão auto-reforçante.


2º. Sessão

Avaliar o TPC e pedir ao jovem que verbalize como se sentiu depois de ler o cartão.

Construir termómetro emocional. Desenhar ou levar a fig. de um termómetro. Pedir para dizer uma situação em que não sinta nenhum desconforto. Depois a pior situação, a mais desconfortável... insistir com o jovem para se lembrar da situação de maior sofrimento que se possa lembrar e dar exemplos de catástrofes naturais... procurar que a situação que foi dita em primeiro lugar desça no termómetro. depois pedir ao jovem para dizer quantos graus atribui a algumas situações que já tenha trazido anteriormente para as sessões (escrever a lápis, para ir mudando...a ideia é ir diminuindo “a temperatura emocional” associada às situações, ou seja DESCATASTROFIZAR.

Perguntar-lhe se voltou a pensar naquela ideia da última sessão que se referia à relação entre o que pensamos e o que sentimos. Fazer de novo ficha ABC para eventuais situações da semana anterior.

Propor pequena actividade, desta vez social e uso dos cartões coloridos. Dar-lhe ficha ABC e pedir-lhe para a preencher quando se tiver sentido “mal”.

3ª. Sessão

Avaliação do TPC. Caso traga material ABC trabalhar com o jovem, usando 1º. empatia e depois pedindo-lhe que crie pensamentos alternativos e verificar quais os produtos emocionais; se o jovem não aderir, pedir-lhe para imaginar respostas se acabasse de ter uma excelente notícia (ex. ganhar a totoloto).

Em caso de absoluta não adesão, fazer didáctica sobre ganhos secundários... dos problemas emocionais.

3ª. Ou 4ª. Sessão

analisar a respostas a questionário de depressão. Começar a usar técnicas externalizadoras. Dar um nome à depressão (nome de alguém mau, preverso...) e passar a usá-lo. O que é que x te faz sentir, fazer, etc.

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